Dizeres (para Dionísio Ono)
Que diremos a ti, senhor de todas as eras, de todas as esferas; de tantas pronúncias, tantas minúcias. Vulcões, convulsões e a instigar sempre mais... De timbres que ecoam nas esfinges dos nós, intrigando os sóis das feras adormecidas. O avesso, o magma, as vísceras extirpadas. O emblema, as páginas, as rimas dilatadas. O que incitas em nós mulheres de um tempo anormal, onde o frágil se matou pra renascer a força, num mecanismo lunar, repleto de constelações, intenções dum grau maior que se afina a cor dos signos, ritmos e vinhas. Ah, senhor de tantas invenções, tantas emoções; de tanta sabedoria, de tanta magia, estamos aos teus pés a servir-te, como ninfas de todas as palavras, de todas as fronteiras, que gritam o perplexo, sussurram o amplexo - por cada célula, cada auréola, cada libélula - ultrapassando até os céticos nas entrelinhas. Pontos e contos infindos. Por sorte, orgasmo vital, a morte ou qualquer sentido lírico.
(Cris de Souza & Mara Araujo)
Um comentário:
Tecer contigo é gozo sentido - orgasmo lírico.
É sumo, susto, surto. É teia, veia, ceia. É pulso, puro, púrpuro.
Dom das delícias e malícias....
Amo-te !
Postar um comentário