Desdobramentos
Andas como um barco negro em meio a vendavais, então fala... Fala-me dos temporais, vendavais que assolam, fala das dores, da opressão, do isolamento do imprevisto, das limitações. Transgressões, pesadelos, crimes inocentes, tramas conspiradas. Conta-me dos subterrâneos, das intenções, dos antros, do espanto, dos meandros e de todo esse silogismo patético que engole nos cafés das manhãs. Fala-me de toda a dissonância que te grita cercas e ordens. Mas, fala pra mim que ando cheia de caracóis na cabeça, de aranhas no corpo e lagartixa nos pés. Cheia de coisas interiores, de fuga, coisas de alma, de solidão dilatada. Cansada de conduzir, de tentar, de querer coisas impossíveis, cansada de sonhar, porque sonho muito, desde que descobri no meu mimetismo de todo o dia que a vida não me cabe, que essa duplificância de atitudes, não resguarda, não protege... Então fala, que é pra disfarçar a vida , espantar o medo, as visões, a névoa, porque talvez, a minha água te matara a sede e cresceras em mim como planta de raiz profunda, e meu hálito te aquecerá. Me Dará asas e cumplicidade. Deslizaremos em ondas de ternura, e a vida sorrira com toda a sua gama de cores, de risos e deitaras em meu ventre como renascido, purificado, repleto de luz e te descansarei no meu colo, cuidadosa nas mínimas coisas, delicada em todos os gestos te aconchegarei, como vida, como salvação....
Andas como um barco negro em meio a vendavais, então fala... Fala-me dos temporais, vendavais que assolam, fala das dores, da opressão, do isolamento do imprevisto, das limitações. Transgressões, pesadelos, crimes inocentes, tramas conspiradas. Conta-me dos subterrâneos, das intenções, dos antros, do espanto, dos meandros e de todo esse silogismo patético que engole nos cafés das manhãs. Fala-me de toda a dissonância que te grita cercas e ordens. Mas, fala pra mim que ando cheia de caracóis na cabeça, de aranhas no corpo e lagartixa nos pés. Cheia de coisas interiores, de fuga, coisas de alma, de solidão dilatada. Cansada de conduzir, de tentar, de querer coisas impossíveis, cansada de sonhar, porque sonho muito, desde que descobri no meu mimetismo de todo o dia que a vida não me cabe, que essa duplificância de atitudes, não resguarda, não protege... Então fala, que é pra disfarçar a vida , espantar o medo, as visões, a névoa, porque talvez, a minha água te matara a sede e cresceras em mim como planta de raiz profunda, e meu hálito te aquecerá. Me Dará asas e cumplicidade. Deslizaremos em ondas de ternura, e a vida sorrira com toda a sua gama de cores, de risos e deitaras em meu ventre como renascido, purificado, repleto de luz e te descansarei no meu colo, cuidadosa nas mínimas coisas, delicada em todos os gestos te aconchegarei, como vida, como salvação....
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