... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo





sexta-feira, 30 de abril de 2010


Tema

E é toda vez essa impressão, comprimida. Solto correntes, abro comportas a boca e os sonhos. Fecho os olhos e mergulho desfocada de regras, arqueio o corpo e meto me adentro pegajosa e úmida. Uma espécie de arraia que sente fome, de aranha grudenta molhada e lisa, espécie de molusco que me tenta o tempo todo com a mesma sede, a mesma febre, o mesmo desejo latejado, ordinário e pervertido. Todo o movimento como de dança, como tortura, como armadilha, como cilada que denuncia... E cedo, e deixo. Mergulho no avesso dos atos, do entendível, do ponderável, do sensato, totalmente amoral. Dilato! Abro espaços, pernas e precipícios onde reina toda a arbitrariedade a revirar todo o desejo, toda a vontade, toda a malícia, toda a paixão. Escôo como um rio. Viro para o lado com um sentimento como de susto, como de culpa, me encolho, me espicho presa em um só ponto, num desligamento debochado de crime, de coisa feita, de urina solta, de mar que desliza resíduos, pedaços de planetas, vibrações, poro sexuado e o êxtase... Como tema

Um comentário:

Sereníssima-Lena Ferreira disse...

Mara, minha querida poeta! Sou fã da sua poética e da maneira especial com que consegue falar tão bem de nós. Toda vez que leio-te, sinto-me lida! É impressionante! Fã, fã, fã! Você é MARA! Beijo sereno.