Matamos os ideais
Um trapo negro de ossos esparramado na calçada. Ando, vejo, paro, olho, penso. A morte ronda enfeitiçada dando voltas sorrindo, enquanto o imundo do mundo domina os olhos e a alma. Um ser que parecia humano, agora, apenas um resto de ossos e pele ressecada, consumido, sacudido de aspirações e expirações num ritmo curto e acelerado de doença, que derruba, machuca, queima e consome sem culpa, sem dó. Um corpo negro de abandono, de solidão, de miséria, sem mais sonhos, nem esperanças, que a morte, apenas a morte cura
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