Cerco
Um gatilho que atira. Uma matilha que cerca. Um galope arisco de esporas a trotear numa terra seca. Um exército que marcha direto pra batalha em um canto de adeus. Uma seriedade de espanto num silencio de água como elemento ativo, fronteiriço e uniforme a bater-me na cara em frente a espelhos onde me localizo, cheia de promessas, de convites que não cumpro, de marcas visíveis, de perdição, historias que inventei. Infinitas historias que hoje caem sobre a minha cabeça como pedra, como ferrugem, o profano que em mim habita, que me corroi, que me curva, machuca e cala
Sonhar, ter fé e acreditar que ainda há esperança, neste país onde a violência, CPIs, impostos, foro privilegiado, e bocas famintas invadem a nossa casa nos jornais do dia dia. Sonhar em meio a legislações obsoletas,desemprego e muita fome. Completa instabilidade social, onde pessoas matam, roubam impunes diante das nossas caras impotentes de medo sem ter a quem recorrer, e lembrei-me de uma frase,"Quando a vida nos violentar pela simples razão de ser, eu me imporei sonhar!" (mara araujo)
... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo
Um comentário:
Louca,
ouço estampidos na próxima esquina,
meia hora após a meia-noite
vindo dentro dos meus olhos acesos,secos, tensos.
Não sei o calibre.
38?
45?
Eu nada sei das armas nas mãos dos homens. Sei amá-los e desarmá-los
nas minhas lembranças.
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