Paradigma
Cheia de léguas, ares marinhos, pactos, limites e volúpia. Farta de incoerências, a penetrar no ponto mais profundo do grito. Não quero toques, movimentos de mãos, de asas, gestos medidos sem reflexo. Quero o mergulho, a profundeza do mar, suas dores, sons e mistérios. Quero a vastidão da lua negra nas noites insones, fantasmas e lobos, babas, fluidos e liquens. Quero a paixão que uiva, cheia de marcas, de laminas. Quero a junção, a fusão, pra matar essa sede de ultima solidão. Mata devastada. Explosão de desejos em átomos, estrelas e unhas, submetida a sua força em seus precipícios comuns, cheio de sonhos, entranhas, espumas e vísceras. Garras e dentes a circular livremente em pequenos passos rápidos, cheio de habilidades quando lhe abro portas, como um liquido em ebulição que transborda, com saudades de um passado que mora debruçado na janela das minhas lembranças, na magia da cumplicidade dos versos
Nenhum comentário:
Postar um comentário