Agravos
Não acato a dor que não me pertence. Não assumo culpas alheias. Não me responsabilizo pelo vomito de comida estragada que não alimentei. Não assumo seus males, e nem me pertencem suas fugas do real, seus vícios suas opções, seu imaginário doente e frustrações. Não me amontoe sua vida seus desejos e escolhas vãs. Ah, não... Não acato a culpa nem a dor que não me pertencem. Somos responsáveis por nossos atos e convivemos com eles. Bons ou ruins. Estendo mãos, companheiras e solícitas. Atravesso pontes em abismos solidária, mas não tente me enredar... Você não conseguiria. A dor dos agravos misturados ao sal se cristalizou, em forma de coração.
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