Balaio de gato
Me abstraio percorrendo palavras quentes escorregadias e envolventes. Olho quase de lado para não ver, para não ler... Me conheço! Eu engulo, cato, caio viro gato de balaio. Me envolvo, me resolvo e fecho a porta, protegida enquanto dá. Palavras tem um certo poder de me envolver, de enternecer de corromper, revirar de rodar e me lançar em mil nós atados. Alucinados embriagados apaixonados. Sou fácil pra absorver. Me abstraio, quase trepando nas letras... Mais saio! Dou risada sozinha dessa menina mulher que me instiga viajante, cheia de fantasias e salto alto, trepada nas nuvens com estrelas na cabeça. Cuido dela com cuidado, ela é fácil de enredar. Se envolve na trama, se lança no drama deslizando por caminhos delgada longelínea, preciso ficar atenta. Nossa! Como ela me cansa... As vezes me permito mergulhar em oceanos que me assaltam o corpo, e deslizo num desvario de sensações em madrugadas ternas e quentes, e acordo assim... molhada azulada revirada apaixonada dominada... Ah! Poeta dos meus versos fecha esses olhos de mar... não me assanhe assim com esse jeito de menino e nem me diga... Eternamente sou teu!
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