Manga rosa
Tudo o que escrevo é balela... Fruto de uma mente doentia e paradoxa. A vida não é esse amontoado, conglomerado de frustrações. De carências afetivas e sociais. O amor exala no ar em solidárias demonstrações cosmopolitas. Tudo que escrevo é fruto podre de uma pessoa só, que se auto questiona o tempo todo, fingindo dormir. Sorrindo amoras nas luzes da manha, enquanto o mundo gira colorido e afetuoso, em passos de dança e acasalamentos felizes. Fraternal e composto, doce como manga rosa... Sou a única a andar revirando estercos nas ruas com cheiro de marijuana, passando talco em bebes cheirando cocaína. Que destroi nossos sonhos. Os meus sonhos! Pois sou a única a sentir o caos entorpecente. Malditas sejam todas as drogas que me obrigam a cheirar, em olhares e gritos de mães morrendo de overdose. Dormindo em incesto nas noites de luas embriagadas, que se negam a acordar menina. Não! Nada disso é a ordem natural dos acontecimentos, nas estações que nos sorriem à porta aberta fazendo poesias de amor. Tudo o que escrevo é balela... fruto do desvario louco quem vê com olhares insano o que não se deve ver... nem falar... nem contar... Segredos escancarados, de gente grande...
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