Finitude
Mastigo a angustia e cuspo as fora. Escarro a dor e o medo impotente. levanto a cabeça e vou em frente, ereta! Caminho em meio a freadas bruscas do destino que ronda, cobrando seu quinhão inexorável. Piso em flores e pedras sorrindo dias azuis, frágil e chorando, o rímel negro dos olhos, nesse caminhar ambulante de dias que não se sabem quantos. Sorrio festejo choro e ando sempre em frente, a caminho de mim finito. Medo de perdas abruptas e imparciais. Ando no compasso das horas que me gritam, moral perfeição trabalho e dignidade sempre! Trabalho trabalho trabalho para que... Para que tudo e tanto? Estou confusa... Para me manter digna sensata e cansada a caminho do fim? O silencio se apodera de tudo... Mastigo a angustia e cuspo as fora e engulo o ar poluído que me corroí as entranhas...
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