Urbano
O homem do banco da praia de olhar cabisbaixo viaja pensamentos com o jornal na mão. Lê classificados com a idade do saber. Saber se velho cansado, quase que incapaz. Ah tempo ligeiro que abarca-lhe a vida e os sonhos. O homem triste com os sapatos engraxados voa com gaivotas que furam o mar. Sonha com voos de paz e algum descanso. Solidão de sulcos profundos na face riscada de rugas e véus. Suas mãos calejadas seguram o jornal, parece gritar tremendo desespero, no silencio das letras com a aliança na mão. Mexe nos bolsos, tateia se incapaz como um rio seco. O relógio no pulso pulsa lhe as horas, cada vez mais rápido, voraz a comer lhe os dias e as possibilidades. O homem no banco da praia dobra o jornal, olhando corpos atléticos que correm para um futuro melhor, enquanto passa a moça do biquíni lilás. O homem do banco da praia levanta sem deixar marcas, como se nunca houvesse sentado ali. Sai andando levando seu peso em passadas lentas. O caminho é o mesmo. Deixa seus rastros no chão como apenas mais um. O jornal em baixo do braço e as possibilidades. As ondas que varrem a areia, os corpos atléticos e a moça do biquíni lilás nem viram o homem passar...
O homem do banco da praia de olhar cabisbaixo viaja pensamentos com o jornal na mão. Lê classificados com a idade do saber. Saber se velho cansado, quase que incapaz. Ah tempo ligeiro que abarca-lhe a vida e os sonhos. O homem triste com os sapatos engraxados voa com gaivotas que furam o mar. Sonha com voos de paz e algum descanso. Solidão de sulcos profundos na face riscada de rugas e véus. Suas mãos calejadas seguram o jornal, parece gritar tremendo desespero, no silencio das letras com a aliança na mão. Mexe nos bolsos, tateia se incapaz como um rio seco. O relógio no pulso pulsa lhe as horas, cada vez mais rápido, voraz a comer lhe os dias e as possibilidades. O homem no banco da praia dobra o jornal, olhando corpos atléticos que correm para um futuro melhor, enquanto passa a moça do biquíni lilás. O homem do banco da praia levanta sem deixar marcas, como se nunca houvesse sentado ali. Sai andando levando seu peso em passadas lentas. O caminho é o mesmo. Deixa seus rastros no chão como apenas mais um. O jornal em baixo do braço e as possibilidades. As ondas que varrem a areia, os corpos atléticos e a moça do biquíni lilás nem viram o homem passar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário