Hiato
Ah meu amor... Não te apartes de mim la onde não mora o sol. Prenda me no na retina no olhar e me guarda. Não te ausentes de mim. Não me deixes partir nas manhas, tardes e noites de luxurias onde a vida faz a volta e nos perdemos tontos de nos. Segura-me nas vertes do verso. Chantageia a minha alma, grita-me para que te espere. Não te percas de mim, como se me perdesse. Eu que vivo contornando mistérios da solidão inundada por sua ausência. Ah meu amor... Não se vá nessa luz prateada e fria deixando cinzas vazias de sonhos. Diga que sente falta dos meus sinais, que sente medo. Sinalizo na presença constante dos instantes que te dou. Dou te os desenhos dos rastros de mim para que me tenhas. Ah poeta dos meus versos... Não me permita partir vazia de tua presença, nessa letargia repleta de mal viver. Solidão desamparada neste caminho de expectativas vãs. Ah meu amor... Não te apartes de mim nem me deixes ir. venha me encontrar serenada, pra no teu corpo molhar e secar, e deixar tatuada minha respiração.
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