Maramar
Frio vento chuva e passadas largas de vozes ficando pra traz. Fugimos para o verso em plena noite de Natal. Entrelaçados brincando de amar. Ah fruta que me escorre da boca gostosa e quente. Fiapos de manga que prende nos dentes afiados a morder igual, a lamber imoral a alegria do meu olhar. Sorrisos gargalhadas. Chuvas e areia de praia molhada e fina, grudando no corpo a espremida paixão. Bocas línguas mãos pés e pernas e seixos e seios molhados de mar. Ondas varrendo a areia de nos entregues e distantes dos faróis. Que medo! Paixão originada incontrolada na ousadia de se jogar inexperiente nesse dar e tomar. Fome invadida igual... Desigual a nos lançar vigilantes feitos conchas de mar batido. Frio vento chuva mar areia bocas, sorrisos e dentes. Desejos ardentes e nos, exaustos molhados e plenos, abraçados em versos de bem querer. O vento a chuva o frio. Que frio! Me aperta me esquenta na boca os seios as pernas os seixos e o amor... Esparramado em gemidos largados nas vestes do mar
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