Dias azuis
Tantas perdas tantos danos tanta desesperança. Tristeza calada na voz. Olhos salgados de passado que já virou paginas idas. Enquanto dou voltas e voltas indo nem sei pra onde. Revirando sorrisos de crianças em curvas de luzes. Apagam e ascendem na memoria a canção silenciada. Preciso gritar! Desabafar essa dor angustiada lavada em perdas insanas e desumanas. Tantos danos paternos, maternos. Quero gritar uma mãe! Existência materna mesmo calada sem ter o que dar. Tantas perdas tantos danos. Vago hoje corredores da memoria entre nuvens e sombras, deslocada. Perdi o leme a direção a resistência e declino! Arrebatada de saudades em meio aos pensamentos, que gritam canções de ninar. Quero voltar revirando gritos e alegrias infantis, como gotas de chuva forte, que de repente se acalma deixando o cheiro de terra, molhada de felicidade em dias azuis
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