Dissemelhante
Ando caída perdida. Vestida de verde e amarelo. Nesta terra rica e desigual. Sou vergonha nacional. A mancha do Panteão. devastação que se faz presente em eternos vendavais. Que me varrem as horas. Vida arredia e galopante que se esvai. Fugidia. No calar das horas agoniadas. Tropeçando em ecos de passado que já caminhei. No andar cada dia mais lento. Mas letárgico. Menos indo. Que se assusta com um toque de mãos. Se esquiva. Tropeça e cai! Outrora moça fogosa e face ira. Em noites aventureiras. Hoje sou trapo no chão. De calçadas frias comendo restos de pão. Com a boca aberta e esganiçada. Onde o sorriso morreu. Há muito que se perdeu. Hoje feridas me brotam no corpo que escorrem nos pés. Largando pegadas infames. Que nascem da alma manchada de dor. Onde mora a saudade dos filhos que aqui pari e se perderam de mim. Coração seco feito graveto no sol. Velhice que acoita meus dias de frio. E a inercia. Doença que aguarda somente o cerrar dos olhos que já morreram. Para que eu possa finalmente dormir em paz. Neste solo gentil. Minha terra chamada Brasil.
Ando caída perdida. Vestida de verde e amarelo. Nesta terra rica e desigual. Sou vergonha nacional. A mancha do Panteão. devastação que se faz presente em eternos vendavais. Que me varrem as horas. Vida arredia e galopante que se esvai. Fugidia. No calar das horas agoniadas. Tropeçando em ecos de passado que já caminhei. No andar cada dia mais lento. Mas letárgico. Menos indo. Que se assusta com um toque de mãos. Se esquiva. Tropeça e cai! Outrora moça fogosa e face ira. Em noites aventureiras. Hoje sou trapo no chão. De calçadas frias comendo restos de pão. Com a boca aberta e esganiçada. Onde o sorriso morreu. Há muito que se perdeu. Hoje feridas me brotam no corpo que escorrem nos pés. Largando pegadas infames. Que nascem da alma manchada de dor. Onde mora a saudade dos filhos que aqui pari e se perderam de mim. Coração seco feito graveto no sol. Velhice que acoita meus dias de frio. E a inercia. Doença que aguarda somente o cerrar dos olhos que já morreram. Para que eu possa finalmente dormir em paz. Neste solo gentil. Minha terra chamada Brasil.
Um comentário:
Boa Noite Mara,
Seu blog está lindíssimo.
Bondade sua dizer que está com
a cara de meu perfil.
Imagine, só..
Está muito além, muito mais belo, muito mais profundo, muito mais feminino....embora, devo reconhecer que realmente retrata o que eu penso.
Como já lhe disse uma vez, fascino-me com esse seu jeito de escrever poesias colocando versos após versos....
Obrigado.
bjos.w
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