A caminho do sol
Sou andarilho nas palavras. Sou a impressão nas linhas desse caderno. Habito no alfabeto e não sei falar. Ah sortilégio que me deixa sentir. Ouvir notas musicais e ver estrelas cadentes. Em síntese enluarar. Me entusiasmo! Sou caminhante nas linhas. Sem imagens construídas. Espalho tinta no papel. Alvoroçada. Tenho o hábito de sentir. Envolvida. Fundindo tempo e espaço. Quero me libertar e transcender. Não quero uma linha reta. Quero as curvas do caminho. Do mundo que fazem parte de mim. Sou viajante do tempo que tenho que ainda me resta. Andarei descalça sentindo o chão das estradas duras. Caminharei até esgotar o último sentimento. Pra me gastar. Me usar. O tempo urge e é rápido demais!
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