Cala-me
Venha como raio de luar em frestas de lembranças. Venha manso em abandono. E descanse dentro de mim. Aninhado e livre. Pois sabe que te guardarei. Traga o cansaço das noites indormidas. Seus restos de mãe e pai. Que te recolho inteiro. Mas chegue devagar. Não me assuste os pensamentos que estão calmos. Cala-me. Cala-me na boca carências sutis. Lava-me o corpo tranquilo e sereno. E me possua devagarinho em doce abandono. Navega meu corpo que é mar sereno. E seja absoluto. Sem pressa. Como eterno caminhante do meu corpo que é teu.
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