... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo





terça-feira, 14 de agosto de 2007

O despertar do poeta!



Acho que foi num dia de sol, haveria de ser... que o poeta acordou. Não lhe conheço o sexo, talvez ele o tenha todos, como qualquer poeta que se preze. Não me assustei ao ve lo despertar. Alguma coisa em mim já me dizia muito tempo que ele viria. Me olhou com olhar de poeta, me excitei. Senti algo estranho, algo quente no corpo na cavidade do estômago, mas esperei. Esperei com aquela impaciência de quem já espera á muito. Ele ficou perto por muitos dias e noites, e eu me perguntando o porque da demora do poeta, se já a muito ele sabia que era eu! E mesmo impaciente tecia sonhos de donzela em leito nupcial à espera do ser amado. Sonhava com ninfas e faunos pois já muito começara o processo. Porque o poeta demorava, eu estava ali, impaciente como a mulher espera seu homem em noites de lua cheia, e em dias de desespero? Então o poeta me olhou com olhar de poeta, e vi em seus olhos alguma coisa chamada piedade... E o poeta chorou! Todas as lágrimas do mundo, chorou o choro dos loucos, um choro profundo. Suas lágrimas eram vermelhas e doces, me lavaram e se tornaram minhas também. O poeta se aproximou com andar de poeta, forte, viril, luminoso. Foi então que o mundo mudou se mesclando de cores, um colorido intenso,uma claridade caleidocópica. E o poeta tocava, e extraia do meu corpo mil sons, como violinos em delírio em mãos de artista. E o poeta gritou, e o mundo todo girou numa turbulência de raios e trovões em noites de tempestade. E o poeta me possuiu em meio a labaredas, brilhos e sons. E fizemos amor, como só os poetas podem fazer, em meio a flores dos campos, das águas, do fogo dos nossos corpos, com a sinfonia do vento que veio nos aplaudir. E amei o poeta! E não senti medo de carregar outro ser. Porque desde então o poeta me habita, as vezes choramos, muitas sorrimos, mas sempre fazemos amor, no despertar do poeta!

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