Mulheres, cumplicidade, parcerias. Historias de superações e medos. Segurem se assim, bem firme e não se soltem nunca. Mas soltar se do que? Das paralelas da vida, dos entremeios, dos prós e contras, dos desencontros? Como se isso fosse possível, como se funcionasse. A vida está ai, temos que andar. Que segundos vividos, temidos, amados, sofridos. Que perdas, que dispersão em meio a reflexões banais, casuais. Vivemos juntas cada momento numa multiplicidade de personagens de sonho e agonia. Nos deslocamos dia a dia brilhantemente dignas, mas por vezes esvoaçamos no ar feito bolas de sabão. Nos permitimos tudo, mas fazemos tão pouco, impotentes, prisioneiras do medo de ser, de atuar, de usar saias e absorventes. Nossa memória de passados abnegados, arredios e escandalosos. O que buscamos tanto a cada segundo, por vezes se perdem em meio a cólicas menstruais. Sinto que continuamos a pegar pétalas caídas, nas primaveras coloridas continuamos sonhando com flores, colhendo cajus, carambolas e abacaxis. Desafio, mistura e bambo lê! Levamos a vida na corda bamba com uma certa sensualidade mágica que só nos mulheres somos capazes. Tanta coisa a dizer, à fazer, será que conseguiremos, podemos? Seremos donas das nossas vontades, geralmente achamos que sim. Mágoas, dúvidas, surpresas, bebes e fraldas. Tomadas de decisões rápidas, angústias, medos, furacões e contrações. Queremos sempre estar em destaque, brilhando, sorrindo, dançando, cantando no ritmo ou não, ou ao menos tentando. Queremos agir, interagir, integrar, seduzir, conquistar e amamentar. Queremos exercer nossa maravilhosa feminilidade sem se expor em demasia, é perigoso, somos vulneráveis, crescem nossas barrigas. Vivemos em meio a dúvidas, ansiedades e sonhos de parcerias. Queremos ser entendidas, amadas e unidas. Precisamos de cumplicidade para essa complicada e maravilhosa arte de viver, sermos mullheres e menstruar.
Sonhar, ter fé e acreditar que ainda há esperança, neste país onde a violência, CPIs, impostos, foro privilegiado, e bocas famintas invadem a nossa casa nos jornais do dia dia. Sonhar em meio a legislações obsoletas,desemprego e muita fome. Completa instabilidade social, onde pessoas matam, roubam impunes diante das nossas caras impotentes de medo sem ter a quem recorrer, e lembrei-me de uma frase,"Quando a vida nos violentar pela simples razão de ser, eu me imporei sonhar!" (mara araujo)
... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo
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