... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo





sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Lírico...


Vitimas do mesmo instante do tempo, sentindo exatamente o que sinto, assim eu quero me dar, sentindo cheiros no ar, presságios estranhos de tramas e medos. Sentimos que enlouquecemos, como enlouquecem as coisas que se tornam sábias, gozadas... O ar esta cheio de borboletas, de tardes de sábados. No ar quente cruzam se vozes, e é tudo tão longe... flores no campo e uma louca paixão. historias nossas, segredos de portas abertas nascidas da tua primeira aflição. Que se dissolva os hábitos, o lógico, o racional. Que se ouse a ação, a paixão sem medo algum. Que se ria , que se explode, que se uive como animais em agonia, de angústia medonha e longa. que se atravesse o lado esquerdo, invada o avesso, seria direito? Enlouquece o sentido. Você me assanha, faz fita, me arranha, se faz de brinquedo, me deixa tomar decisões. Hoje sou eu que te traço, sou eu que te como e te marco, sou eu que abraço, e me disponho... Não queremos, não sabemos nem de estrelas nem de almas. E deixamos no desleixo dos lençóis um pouco de desespero, um pouco de descontrole... esparramando nosso prazer. misturando nossa fúria. Devagar enlouquecemos e vivemos, nascemos e morremos. E toda a bendita torrente fluindo de dentro de mim. Mergulha com a pressa da paixão, do orgasmo dentro de mim vida, que te adivinho a sede, te adivinho a fúria, a morte, a sorte, o teu escândalo, os demónios te dançam dentro e te queimam, e te pedem, e me querem, e me solto... me entrego...Mas deixa de medo, me mata agora sem receio, sem bloqueio sem remorso, livre! Assim rastejando, escorrendo, serpenteando, me esmagando com suas forças. Deixa jorrar o sangue silencioso e morno, quieto de morte, e me possua, melado, cansado, suado. Escreva meu nome nas paredes do quarto, com sangue com lágrimas, com dedos, com ossos. Me possua assim, frágil, débil, vacilante. Mergulha fundo neste meu oceano rubro, quente para te cobrir de espuma e sangue. Sou eu que te absorvo, que te abafo o grito. Sou eu que te entendo, que me entendo, interna dentro desta minha morte. Cúmplice de toda a sua loucura! Dona deste teu crime, nostálgico, lânguido, lírico, pálido, morto!

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