Houve um tempo de urgência, um amor desmedido a emergir de águas profundas. Hoje, o mar se agita negro e repleto de líquen revirando entranhas cadáveres e breu. Houve um tempo de riscos na carne onde sabíamos tudo, entendíamos as bruxas as fadas, os bichos e mergulhávamos nas noites escuras vestidos de amor. Escorregávamos para dentro de todos os espelhos fantasiados de cores de flores, éramos estrelas de todos os mares sem atitudes complicadas, sem medo, sem simulações. Bebíamos todas as gotas de orvalho, cotidianos de rios mágicos, caatingas, savanas e arco-íris, todos os extremos e contrastes. Dia após dia nos consumíamos em prazer em malícia. Lua sóis e estrelas em todo o seu esplendor nos pertenciam, a vida nos pertencia em todas as suas manifestações e dançávamos a luz de todos os sóis. Possuíamos a loucura do prazer e um desejo ardido a nos consumir. Vinho tinto a escorrer, risada selvagem, desejos, vontades...
Sonhar, ter fé e acreditar que ainda há esperança, neste país onde a violência, CPIs, impostos, foro privilegiado, e bocas famintas invadem a nossa casa nos jornais do dia dia. Sonhar em meio a legislações obsoletas,desemprego e muita fome. Completa instabilidade social, onde pessoas matam, roubam impunes diante das nossas caras impotentes de medo sem ter a quem recorrer, e lembrei-me de uma frase,"Quando a vida nos violentar pela simples razão de ser, eu me imporei sonhar!" (mara araujo)
... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo
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