Gaia
Uma fenda, um espaço no tempo que crio. Um jardim, uma fonte onde ninfas, náiades, sátiros e pãs dançam ao som de címbalos e flautas encantadas. Envolvo-me em em trajes flutuantes num circulo excitante, lascivo e tentador. Sinto o vento suave, quente como um hálito a deslizar na pele maliciosa, enquanto lábios me procuram o corpo com toques de seda, e me confundo nas sombras. Sinto os movimentos, as vibrações e penso em profecias de amor eterno e penso no tempo a virar páginas rápido demais. Envolvo-me feito dança. Rodopios de valsas... E voo nas asas dos sonhos escorregando para dentro dos espelhos onde me enrosco em gestos, braços pernas e pelos, sentindo véus e mãos, ousando truques e uma insaciável luxuria. Uma fogueira de astros resplandecentes onde brilham todos os sóis, estranhos planetas, outros sistemas e durmo... E acordo sorrindo esticando os braços, revirando na cama fazendo graça, cheirando prazer, narciso, tulipas, miosótis, violetas...
Um comentário:
Ah, amor, que delícia te namorar! Amo-te minha Gaia!
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