Cárcere
Porque não sangrar... Não sofrer, não falar, não gritar que perdi! Perdi, perdi as horas, o tempo, a inocência, que se liquidificou e se esvaiu escorrendo por valas de um tempo feroz. Ah, lembranças dilaceradas de torturas que não falo, que se escondem quietas de medo, fartas de ditaduras que me acabam. Passado silencioso que se espalha pela casa reminiscente, sempre a espreita, sondando o tempo todo. Porque não sangrar... Corroída ainda de porquês, de fantasmas de um tempo louco, de mãos sujas, de cárcere, de dores, de fúria. Marcas antigas na carne, de medo a exorcizar demônios, lembranças e violações. E essa maldita racionalidade caótica e desordenada a querer entender o tempo todo. Porque não sangrar... Toda inutilidade de um tempo dilacerado, de um jugo, num poder de vida e de morte sem freios. Bocas secas de medo a varrerem um inferno de dor onde nos tornamos apenas sombras em celas negras de gemidos e lagrimas. Vontades filosóficas, valores estúpidos e um governo louco a ditar, a ditar, a ditar! Impotência confirmada, expandida e vasta, em olhares sem brilho onde o mesmo sangue que lateja, pulsa nas veias de um mundo desnudo e louco, ao som de todos os gritos silenciados, trancados dentro da boca de medo, de dor e de tantas lembranças que tento esquecer. Porque não sangrar...
Porque não sangrar... Não sofrer, não falar, não gritar que perdi! Perdi, perdi as horas, o tempo, a inocência, que se liquidificou e se esvaiu escorrendo por valas de um tempo feroz. Ah, lembranças dilaceradas de torturas que não falo, que se escondem quietas de medo, fartas de ditaduras que me acabam. Passado silencioso que se espalha pela casa reminiscente, sempre a espreita, sondando o tempo todo. Porque não sangrar... Corroída ainda de porquês, de fantasmas de um tempo louco, de mãos sujas, de cárcere, de dores, de fúria. Marcas antigas na carne, de medo a exorcizar demônios, lembranças e violações. E essa maldita racionalidade caótica e desordenada a querer entender o tempo todo. Porque não sangrar... Toda inutilidade de um tempo dilacerado, de um jugo, num poder de vida e de morte sem freios. Bocas secas de medo a varrerem um inferno de dor onde nos tornamos apenas sombras em celas negras de gemidos e lagrimas. Vontades filosóficas, valores estúpidos e um governo louco a ditar, a ditar, a ditar! Impotência confirmada, expandida e vasta, em olhares sem brilho onde o mesmo sangue que lateja, pulsa nas veias de um mundo desnudo e louco, ao som de todos os gritos silenciados, trancados dentro da boca de medo, de dor e de tantas lembranças que tento esquecer. Porque não sangrar...
2 comentários:
Um Amplexo
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