Catarse 2
À noite, os pensamentos flutuam como nuvens e se misturam com os sons da noite, da música. Dizem que sou, uma catarse, que transgrido. Apenas sou uma pessoa com os sentimentos a flor da pele, todos os sentimentos. Tento ignorá-los , mas estão ali! Nada é banal.São vistos, pensados passados, como cambraia de linho que repassamos mil vezes. Sim... Sempre transgrido, pulo muros, abro portas, tenho ares de menina me recusando sempre a inexistir, enquanto vozes se calam, as pessoas envelhecem, adoecem, ficam amargas e morrem, vivas! Falo sempre, com o corpo todo, falo com roupas, com os olhos,com os cabelos, com as mãos, até com o silencio, me recuso calar, nem conseguiria, jamais. Carrego sempre comigo uma seriedade, uma profundidade que vem da alma, onde vivem brincadeiras, sorrisos, palhaçadas e ajuntamentos mágicos. Não meço muito que falo, mas falo como penso, como sinto, e penso sério, por mais que sorria. Sou uma catarse... O direito e o avesso. Um caso perdido, um caso sem cura, um caso engraçado espalhado que se metamorfoseia. Ridícula e simples nas vontades, nos atos, no trato. Sonhadora e visceral, sem ódios. Amando sempre além da razão, talvez por medo, por fuga, defesa... Muito dada sempre... carências infantis, sei lá! Jamais mataria alguém. Passional, não louca! Efusiva e feliz. Sempre mandando a tristeza embora, pra não contaminar, não espalhar, não sofrer. O divino em mim sempre grita mais alto. Tão aviltadoramente forte dentro de uma fraqueza intensa... A de amar demais. Perdoo sempre, mil vezes pedindo perdão. E não há uma pessoa sequer que tenha passado pela minha vida sem que tenha sido visto seu valor... E suas fraquezas. Peço sempre perdão por essa forma invasiva e natural de ver, de sentir o outro como uma extensão, apenas humana, onde as diferenças são bobas e irrisórias. Amo tanto a vida, e seus movimentos que seria capaz de morrer hoje se me garantissem que renasceria amanha... Na mesma história
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