Ardis
A mulher do espelho me olha, me provoca cheia de ardis, passando batom, cheia de franjas de cores, malícia e salto-alto. Saia justa, penso eu, séria e olhando de lado pra não vê-la sorrir. Um sorriso que tudo promete. Coisas de bruxa, coisas de mar salgado de mau olhado, de maresia, de pulso mais forte que o meu. Tomo coragem, olho seus olhos de rio profundo profano, e penso... Que louca, que doida varrida! Cheia de tramas, de ilhas, de laços, cheia de conchas de ramas e de um desprendimento que me assusta quando não me vê, não me escuta nem me leva a serio, quando fecho portas que ela escancara cheia de magia, caprichosa e aguda, embriagada de sonhos de flores de versos. Submersa e alheia como uma aranha tecendo teias, sensual e insensata. A mulher do espelho repleta de falhas comportamentais não me escuta, enquanto passeia nas costas da noite arrancando meias, pássaros, trevos, uvas e estrelas de dentro da boca, dos olhos, enquanto fico vigilante e preocupada medindo todos os gestos, cercando todos os eixos pra ela não se machucar enquanto sorri, cheia de graça e malícia, pra que não caia de uma roda gigante num parque de diversões num dia qualquer
A mulher do espelho me olha, me provoca cheia de ardis, passando batom, cheia de franjas de cores, malícia e salto-alto. Saia justa, penso eu, séria e olhando de lado pra não vê-la sorrir. Um sorriso que tudo promete. Coisas de bruxa, coisas de mar salgado de mau olhado, de maresia, de pulso mais forte que o meu. Tomo coragem, olho seus olhos de rio profundo profano, e penso... Que louca, que doida varrida! Cheia de tramas, de ilhas, de laços, cheia de conchas de ramas e de um desprendimento que me assusta quando não me vê, não me escuta nem me leva a serio, quando fecho portas que ela escancara cheia de magia, caprichosa e aguda, embriagada de sonhos de flores de versos. Submersa e alheia como uma aranha tecendo teias, sensual e insensata. A mulher do espelho repleta de falhas comportamentais não me escuta, enquanto passeia nas costas da noite arrancando meias, pássaros, trevos, uvas e estrelas de dentro da boca, dos olhos, enquanto fico vigilante e preocupada medindo todos os gestos, cercando todos os eixos pra ela não se machucar enquanto sorri, cheia de graça e malícia, pra que não caia de uma roda gigante num parque de diversões num dia qualquer
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