Abstrato
Meus desejos te atraem, como se me conhecesse. Lendo e relendo historias, tentando absorver-me a alma. Como a me penetrar com uma paixão bêbada, lavada de curiosidade num emaranhado de emoções. Desejos teus, numa ânsia cristalina e pura como o líquido que embriaga a olhar meus olhos que se revelam em uma fotografia e dizem coisas sob um disfarce de presente verdade. Dando a luz a vontades em horas vadias de apenas alguns instantes ou séculos. Quem sabe o tempo das coisas não explicáveis... Quem sou eu que te desperto assim o tudo e o nada? O que me habita pode te destruir, e não tens medo. Ah, ser insensato que se deixa arranhar com doces frases de magia e sedução. Não vês que posso matar o frescor do teu espírito? Que brinco sempre dizendo verdades... Que nego? Que adoro iludir? Que possuo a liberdade de unir alma corpo e espírito, só pra te confundir? Que me arrisco sempre e levo tudo até as últimas consequências. Sem medo, porque só assim liberto meu espírito tornando-o doce, para suportar a minha humanidade tão frágil, e renascer de abismos profundos e abstratos onde criaram minha alma...
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