Alento
Que eu não tenha que morrer calada, dentro dessa pequenez que por vezes me entristece e me avaria as ideias. Que eu consiga dar o máximo que possuo e que é tão pouco dentro das urgências necessárias. Que a minha alegria alardeada, contamine bocas tristes e secas que não falam de amor, e sentem dores mortais. Que a minha ânsia de vida revelada, meus sentimentos escancarados, não sejam em vão. Que o meu amor vire semente plantada no fundo da terra, criando raízes profundas e renasça suprindo carências inóspitas. Que inunde, contamine almas. Que essa minha felicidade quase infantil brilhe cada dia mais em meus olhos, espalhando estrelas flamejantes em olhares abatidos e contaminados pela descrença, do Divino em nós. Ah meu Deus! Que tudo o que vivi, que cresci que aprendi, tudo o que senti tão intensamente, não se perca em algum canto no meu passado, pois nascerei novamente amanha, em algum lugar...
Um comentário:
Mara,
de todos os teus belos poemas - onde se sente a seiva das palavras, as autênticas emoções, os sonhos e as vivências deixo aqui - exactamente neste poema o tanto que ele me tocou!
és um ser Escritor-Poeta DE LETRA MAIUSCULA.
Para quê os rótulos?
se tuas palavras são carne do teu sangue a latejar?
Saúdo-te
com admiração
LuizaCaetano
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