Eterno
Viramos luas e entramos sois nos olhando nos tocando nos reconhecendo em milhões de anos luz distanciados de nos. Outra galáxia outra extensão outro universo. Juntos depois de séculos de separação. Agora e aqui! Invadindo olhares sedentos, absorvendo saudades. Ah alma minha que volta! Que distancia infinita estavas de mim, perdida e só. Invado seus olhos e caio em nuvens brancas de sonhos a me procurar entre flores em jardins tão distantes de mim; Que andava nas ruas em calçadas sujas cansada e vagando por ti. Ausência que leio agora nas mãos que me pegam, que sentem como se a muito me perdesse e morrias por mim. Ah alma de mim apartada que voltas e me sorri, como facho de luz em noites escuras de medo. Centelhas douradas e azuis que me vestem de firmamento a te encantar. Ah homem dos meus passados legado a mim destinado. Despertamos do adormecer de infindáveis explosões antes de ser e do sol nascer, em galáxias e nuvens de retorno. Tropeçamos em nos num labirinto de ruas escuras e mal traçadas a procura do que já bebemos, do que já sabemos extasiados de paz. Despertos na percepção da ausência e voltamos certos de nos. O vento nos sopram fragmentos de lembranças caminhos de mil vidas em planos astrais e físicos bem antes do tempo da cruz. Chegam devagar como um quebra cabeça atravessando muralhas e desafios viajando mistérios e constelações. Atravessamos a ponte do além e caímos rendidos e absolvidos em triunfo e manifestações. No eterno de nos
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