... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo





quinta-feira, 17 de julho de 2008


Diário


Coitadinha de mim. Cá estou eu sentada em minha varanda escura olhando as nuvens no céu. Será que vai chover... Acho que não as nuvens são brancas... Só vejo uma estrela no céu... As outras devem estar escondidinhas ou então foram embora, cansadas da minha tristeza. Saudades dos filhos que pari a muitos anos atrás. Será que os verei novamente? Meu coração chora saudades de crianças que hoje cresceram e moram distante de mim. Saudades das minhas meninas... Ai meu Deus protege eles... Protege meu menino que é menino, acha que sabe demais e é muito arruaceiro. Posso não vê-los mais. Se isso acontecer será porque morri ou enlouqueci de solidão dilacerada. Mas eles já cresceram. Caso não os veja mais, protege eles meu Deus. Eu sei que existem dois caminhos, o do bem e o do mal. Conheço os dois pois já andei hora em um hora em outro. Ajuda a eles a andarem e a beberem só da agua pura. Não os deixe se maltratarem, se contaminarem, pois eles são meus... ou seus. Mas foi eu que os pari e lhes dei de comer para que crescessem e compreendessem o mundo do bem e do mal. Ai meu Deus coitadinha de mim que nos dias de hoje só sei chorar ausências. Meu Deus do céu... Se você estiver ocupado para olhar por eles pede pra Jesus, pra Maria ou São José. Melhor, pede para a virgem que é mãe, ela sabe de dores angustias e perdas. Nem eu nem eles somos mais virgens, mas temos a pureza da dor. Do sofrimento que nos redime. Temos a possibilidade da salvação da redenção pelo sangue jorrado na cruz e que sangra nos nossos corações até hoje e sempre. Será sempre assim... Ai meu Deus proteja meus filhos pois eles são cordeiros, ovelhas que balem quando chove e faz frio com saudades da mãe que mora longe. Tenha misericórdia de nos, que somos fracos e impuros, medrosos doentes e atormentados. E somos mães. E somos filhos... teus.

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