Andarilho
Estou só com lembranças dos seus olhos imersos na dor. Desprovidos e letárgico diante do adeus final. Liberdade! Liberdade de andar outras ruas comer outras bocas. Beber sedento em outros olhos. Amar outros corpos e cair em você! Dentro dos nossos lençóis limpos e vazios de nos. Luz sem contacto. sombra de dias e horas inúteis. Quantas palavras trancadas na boca ficou. O cérebro em espirais pensamentos, agoniados de perda. Cenário caótico que me tornei sem você. O passado me vem em flashes. Pedaços de nos restritos em fotos amareladas de tempos de paz. Silencio que me enlouquece dentro de paredes mudas. A música e os sons vagam em outro universo, dobrando colchas de retalhos distante de nos. Estúpido desatino de palavras vis que desatei. Como os nós de um sapato que era apenas novo. Hoje te busco nas ruas, nos bares. Atropelo casais e bebo. Não te encontro mais...
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