... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo





sábado, 12 de junho de 2010


Abismos profundos

Sal, sal, sal... Sal nos pelos nos cabelos, sal na boca, na saliva no beijo na pele, nos pés, nas coxas nos meios. Artérias, pressão e rupturas. Sal do mar quando chupo ostras no teu corpo envolvido em filamentos, tentáculos. Grávida como um cavalo marinho feito no sal, nas pedras dos oceanos. Feito de junções de magma e enxofre do fundo da terra. Abismos profundos e infindáveis. Pedaços de planetas que giram na minha cabeça e me afundam nos seus braços, enquanto fujo e você diz que me quer. Corpo quente na hora do cerco... E eu fugindo para um mundo salgado de entranhas afugentando sua voz com essa impressão de coisa que já vivi... Enquanto você caminha, caminha e eu finjo que não vejo e escoo e me afogo no abismo, e mergulho de cabeça, no silencio de todas as palavras...

5 comentários:

Cris de Souza disse...

Uma salva de palmas, por favor !

(Mergulho de cabeça...)

Nnacy Amorim disse...

Tão envolvente este seu texto....Que me emocionei e me senti envolvida em sonhos com este Abismo Profundo!Parabéns por tanta beleza poética!!!!
Beijos de sua fã de carteirinha.

Unknown disse...

TEXTO PROFNDO E LINDO. O POETA QUER PURIFICAR ALGUMA LEMBRANÇA. O SAL ESTERILIZA, LIMPA. MAGMA E ENXOFRE SAEM DESSE VULCÃO DE "MARA" E O FOGO A SALVA NA FUGA. MARAVILHOSO.OSISESSY

Nocturna disse...

Sal, sal, sal...
o sal que cura , que banha, que faz ungir sal...
Estou sem fôlego,
aliás vc me deixa assim .

Bato palmas de pé e não me canso.

MARAAAAAAAvilhosa.

Hölle Carogne disse...

Mara! O que é isso... Só tenho uma coisa a dizer: "Você é o Sal da Terra!" Amo! Só tu, com tuas palavras quentes, pra me fazer tremer... Estou entorpecida, enlevada em êxtase! Cada vez que te devoro um pedacinho, ganho mais e mais fome! Te amo linda! Parabéns pelo belíssimo e salgado poema! Beijos da Di!