Sonhar, ter fé e acreditar que ainda há esperança, neste país onde a violência, CPIs, impostos, foro privilegiado, e bocas famintas invadem a nossa casa nos jornais do dia dia. Sonhar em meio a legislações obsoletas,desemprego e muita fome. Completa instabilidade social, onde pessoas matam, roubam impunes diante das nossas caras impotentes de medo sem ter a quem recorrer, e lembrei-me de uma frase,"Quando a vida nos violentar pela simples razão de ser, eu me imporei sonhar!" (mara araujo)
... É só clicar no titulo do Blog, ( Em casa de poeta, o importante é sonhar!) que ele disponibiliza todo o conteúdo. Eu, acho que vale a pena. Acho também que a troca seria perfeita se deixassem um comentário, eu adoraria! Mara Araujo
quarta-feira, 14 de abril de 2010
As palavras caem assim...
Estão soltas no ar e voam como nuvens de sedas, de borboletas. Puxo-as com seus fios dourados, com dedos, com tintas e pensamentos e elas me caem assim... Surgem matizadas, brilhantes e fartas de significados que fico tentando entender. Despencam na minha cabeça, embaralhadas de todas as formas. Brincam como crianças. Às vezes caem doentes como grito, como medo, como final de um ato sangrento. Mas, caem por vezes vermelhas de paixão, donas de um erotismo que é quase invasão, perversão, febre. Mas... Algumas vezes caem-me como estrela nos braços, é quando me apaixono, ou, sinto que vou me apaixonar, é quando tudo ganha mais cor e fico sonhando coisas eternas. Saio amando nas manhas, noites e madrugadas improvisando cenários e interpretações, como magia, como verdade. A lua sempre cheia, brilhante, dona de todos os sonhos, o céu abarrotado de azul, de estrelas, e o corpo... Ah, o corpo... Não me pertence! Não domino, não freio, não seguro, não comando. Ganha novos sentidos, além dos cinco. Sai desenhando caminhos, farto de verdes, de sempre-viva, margaridas e bem-me-quer, onde ando sempre pela primeira vez. Tem vida própria, segue instintos, molhado, erotizado, ensandecido, sedento, apaixonado. As palavras caem assim...
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