Fado
Anda-se, conversando assuntos bem profissionais quando de repente... Escapam sorrisos onde a alegria brinca saltitante, num ar de borboletas invisíveis. Ah, e os pensamentos... Confusos, submersos e etéreos, vibrando sintonia, e uma teia imensa de porquês, confundindo-se com o vazio de um espaço que me cobra sempre. E quero saber meio confusa, que delícia é essa que me envolve assim, tão vestida de trabalho enquanto caço uma dor nos pés que sumiu? Um cansaço que ficou largado e morto no lugar em que o encontrei? Que brilho de mistério no olhar é esse que me invade de mormaço? E fico repentinamente séria. Caminha-se trabalhando e martelando na cabeça a fixidez da responsabilidade, da seriedade onde não me chamo meu nome e sim uma marca, um logo tipo. Um tentáculo estendido e profissional. Ah, meu Deus... Porque o ar tão cheio de brilho, violetas fados e asas... Porque me vem à mente cabarés de Montmartre misturado as águas do rio Tejo, quando vejo em meio ao sorriso brilharem estrelas? Porque essa atmosfera de magia nessa hora do tempo coroada de plumas, de penas e gotas perfumadas? Sigo paralela cheia de ramagens e me perco num tratamento mais espontâneo, mais informal... Uma hora Senhor em outra você... O trabalho me grita uma composição que acato meio capenga com o olhar cheio de verdes, de lápis de sombras de substancias divinas, mergulhado na boca, nos dentes, no rosto, pescoço e mãos... Estou perdida, atada, perturbada ouvindo uma tira de sons, de fado, dançando cancan. A cabeça roda, já não sei o que penso... Acho que falo demais
Anda-se, conversando assuntos bem profissionais quando de repente... Escapam sorrisos onde a alegria brinca saltitante, num ar de borboletas invisíveis. Ah, e os pensamentos... Confusos, submersos e etéreos, vibrando sintonia, e uma teia imensa de porquês, confundindo-se com o vazio de um espaço que me cobra sempre. E quero saber meio confusa, que delícia é essa que me envolve assim, tão vestida de trabalho enquanto caço uma dor nos pés que sumiu? Um cansaço que ficou largado e morto no lugar em que o encontrei? Que brilho de mistério no olhar é esse que me invade de mormaço? E fico repentinamente séria. Caminha-se trabalhando e martelando na cabeça a fixidez da responsabilidade, da seriedade onde não me chamo meu nome e sim uma marca, um logo tipo. Um tentáculo estendido e profissional. Ah, meu Deus... Porque o ar tão cheio de brilho, violetas fados e asas... Porque me vem à mente cabarés de Montmartre misturado as águas do rio Tejo, quando vejo em meio ao sorriso brilharem estrelas? Porque essa atmosfera de magia nessa hora do tempo coroada de plumas, de penas e gotas perfumadas? Sigo paralela cheia de ramagens e me perco num tratamento mais espontâneo, mais informal... Uma hora Senhor em outra você... O trabalho me grita uma composição que acato meio capenga com o olhar cheio de verdes, de lápis de sombras de substancias divinas, mergulhado na boca, nos dentes, no rosto, pescoço e mãos... Estou perdida, atada, perturbada ouvindo uma tira de sons, de fado, dançando cancan. A cabeça roda, já não sei o que penso... Acho que falo demais
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