Uma porção de delicadeza
Estou entre o uso e o desuso. Paradoxalmente sã! Sinto falta de ar. Meu cérebro pensa... E para! Não adentra, não invade. Sentimentos íntimos. Resto de sombras fugidias. Ervas daninhas a me enrolar o pescoço. Emaranhado de porquês que me aviltam, Me causam medo. Preciso do grito, de mãos fortes dedos e unhas que me exponha, arranquem de vez a casca. Pra que escorra um sangue contaminado de ausências. Tenho medo da dor curvada e encolhida que me olha de esguelha. Preciso de um amparo, de alguma beleza, uma porção de delicadeza pra conseguir dominar o tenso, o intenso... O suspenso de corda esgarçada, esticada num abismo de ecos, onde me sinto pendurada à um passo do caos.
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