Silencio
Atravesso a linha do olhar e entro! Libidinosa como uma enguia, escorregadia como um polvo, dando volta e viravoltas no teu cérebro. Atiço todo desejo, decifrando cada palavra que falam suas mãos às minhas. Não! Não precisa falar... Deixa suas mãos descobrirem os atalhos das minhas mãos, meus dedos, unhas nervosas e controladas. Seu desejo crescente por elas, seu olhar invadir minha boca num entra e sai crescente. Ah! Deixa... ate você descobrir que em estado de amor eu pisco mais os olhos. Ficam assim mais descontrolados, meio desordenados e denunciam a fome por ti. Sinto que me atravessa o desejo, libidinoso como um mar. Atiçando todos os nervos, os vasos sanguíneos. O corpo latejando luas de espera. Transparente como agua-viva. Ah! Olhos meus, se comportem... Não! Não preciso falar... A nossa volta, o silencio grita!
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