Lamento
Ah, tormento que se aproxima à hora da morte. Me leve em pé, digno. Horas estiradas a minha frente que terei que pisar amedrontado e só. Ah, não quero. Não vou. Tenho medo sinto frio. Me agarro aos filhos, ao passado, aos sonhos de vida eterna e me prendo nesse fio ténue que sei, vai se romper a qualquer momento, me lançando no mais negro e profundo dos abismos, e não sei como cairei. Ah, tormento de horas absurdas e insensatas que a vida me abarca! Meus braços meu corpo, mãos e pés, tão meus... tão íntimos. Horas de angustia em que me despeço na fixidez do papel. Horas de tormento, lamento infinito de medos perdas e solidão
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