Ode do não saber
Estou só! só e triste, de uma tristeza que escorre pelo meu rosto salgada! Me vem à mente os acentos, concordâncias e não concordo com nada! Não posso me expor com acento e choro! Na capa do livro na cabeceira Neruda me olha serio, e penso: ele sabia tudo? com esses e erres, com acento sem acento... Não sei, não vi! Violo letras e palavras, invado o poema. Mas penso: será que ele rabiscava repleto de sensações assim como eu? Neste meu centro fechado,único e só? neste impulso que não domino que interliga tinta e coração? Reconhecimento de derrota densa. Me encolho nas palavras e fico reclusa tranco portas e janelas, apago a luz
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