Verbenas
Ascendo velas enfeitando lençóis , e canto e brinco e lembro. Verbenas, calêndolas, gardênia miosótis e jasmins. Minhas mãos em teus cabelos, tuas mãos em mim. Minha boca na tua boca... Meu ponto de partida, seu ponto de chegada, o meu jeito o teu jeito, perfumes e sons... Ah, mistérios de estrelas onde teias de encanto, me abraçavam com tuas mãos. Ternura, violinos narcisos, gerânios e sóis. Mergulho de envolvimento a nos transcender. Com pernas com braços, com ventre, com plumas e um gemido de morte, de gozo que engulíamos de impulso, de gosto, como parte de nós. Amante oceânico a escorrer pelo corpo como água salgada de mar, onde te movimentavas nu, cheio de coisas tuas. Fruta madura em meu seio que sugavas, querendo morrer. Este teu jeito menino de amar, de rasgar o peito para que eu entre e não queira mais sair, em direção da noite...
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