
Clandestino
Imaginária, amante, fugidia e febril, a escapar sempre pra dentro de um espaço qualquer. Invento prosa, invento cantos, e sinto dores. Penso sempre que me escondo nessa mania de querer senpre o encanto, querer enfeitar, colorir todo o espanto de todos os imprevistos. Mistérios das coisas eternas, das coisas que vivem. Penso que engano, cheia de mascaras, de fluidos, sutilezas e coberta de véus... penso que engano, e transgrido! Caindo sempre pra dentro do verso onde me encolho, deslizo pelos cantos, pelas frestas, acho que sou invisível. Caibo inteira dentro de todas as tramas, de todas as idas, de todas as vindas, atenta a todos os ruídos, repleta de vibrações, de insinuações, de fantasmas e pensamentos que atiço, que atiço... E vôo por ai nas asas de todos os versos, fingindo que brinco, que não sou eu a invadir todos os sonhos, loucos, impulsivos, atrapalhados e delirantes
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