Balaio virado
Vivo a mercê das minhas somatizações. Às vezes, vindo do nada um vento ruim sopra e levanta o medo como galhos secos, e paro indefesa, atada, desconsolada. Muitas vezes somatizo tão rapidamente que me doem as pernas inteiras, uma dor aguda e forte, e paro pra pensar que não posso mais correr tanto, que ainda me mato, que tenho ao menos que tentar ir devagar, menos espacial, mas nem bem a dor se acalma, já me enfio em outro balaio virado, tão íntima dos meus casos oblíquos, tão cheia de setembros, de vontades, de cheiros, de cores, de rastros...
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