Ventania
Folhas mortas onde deito meu corpo repleto de vida sob o tronco imponente de um carvalho. Clareira de luzes. Entregue... A olhar seu rosto como um retrato de pedaço de céu. Invado seus olhos azuis que me lavam como agua de mar, e me cobrem como um manto de estrelas flamejantes num sol de meio dia. Pressiona meu corpo, sob seu corpo. Músculos retesados de paixão. Quente forte ávido e tremulo. Ato reflexo. Fascinação num galope de explosões, com as mãos em conchas a beber-me os seios, e a boca a saliva.Vento forte açoitando folhas. Animal selvagem em meio ao combate. Prazer inconcebível à imaginação. Êxtase de alma profunda a se entregar, a rolar, a gemer sufocante, quase sem ar, mas delicado. Com o sol a queimar nossos corpos que ardem como um vento de açoite... Sem pressa, sem tempo, sem dia
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